Covid19 e ATHIS

Nós, Arquitetos Urbanistas do IABMG, preocupados com o avanço da pandemia do Corona vírus em áreas pobres e sem infraestrutura no Brasil, conclamamos outros Arquitetos Urbanistas a se unirem no esforço de auxiliar moradores de áreas pobres, vilas e favelas, para contenção imediata do avanço desta terrível doença. Antenados às ações de outros coletivos, em rede, mobilizados; deflagramos um manifesto que coloca atenção sobre a grande maioria de arquitetos recém formados no Brasil que militam pela Assistência Técnica e se preocupam em proteger territórios vulneráveis. Somos fruto das políticas públicas que nos deram acesso ao ensino superior, através do sistema de cotas e das políticas de acesso ao ensino privado de Arquitetura e Urbanismo. Somos filhos de operários, trabalhadores informais e pessoas comuns. Somos o exemplo em nossas famílias. Como membros da Nova Diretoria do IAB queremos replicar a nossa preocupação para que o IAB se torne uma entidade cada vez mais preocupada com a Reforma Urbana e com o Direito à Cidade e à Arquitetura e estamos engajados na mensagem que, somente com investimentos públicos de qualidade em reduzir o problema da moradia inadequada e precária e na implantação de saneamento e acesso as águas, teremos condições de modificar o cenário desolador das nossas Periferias. Portanto temos que lutar para melhorar o acesso à água, à moradia e à saúde pública e temos que reforçar que a contribuição da Arquitetura se faz no sentindo de mostrar que nossa profissão é importante instrumento de transformação das nossas cidades. Entendemos que o Arquiteto e Urbanista deve assumir seu protagonismo em ações como essas, pois nosso conhecimento aplicado ajudaria a diminuir os danos causados pelas enchentes e pela pandemia do Corona vírus. A Assistência Técnica é um direito constitucional há mais de 10 anos e é um tema necessário que urge pela nossa ação! A maior parte da população das capitais estão em áreas periféricas com situações precárias de saneamento, a maior parte da população não consegue e, acima de tudo, não pode praticar o distanciamento social, pois moram em casas com muitas pessoas e precisam trabalhar para garantir o alimento da sua família, é por essas que precisamos lutar nesse momento. A moradia digna é um direito e auxilia na prevenção, lutar pela ATHIS é um ato humano e um ato de saúde pública! Por fim, ações emergenciais como construção de isolamentos e abrigos necessitam de uma rede ampla de arquitetos urbanistas engajados em trazer soluções para esta situação. Além disto, faz-se necessárias campanhas de esclarecimento sobre a melhoria das condições de salubridade (iluminação, ventilação e higiene adequada nas habitações, prevendo inclusive, medidas sustentáveis para tratamento e reuso de águas) que reduzam a contaminação e protejam grande parte das famílias brasileiras.   [nota elaborada pelo coletivo de jovens arquitetos do iabmg]]]>

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